sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

[Resenha]Eensy-wensy Monster


Eensy Weensy Monster, de Masami Tsuda, foi lançado em 2006 na revista Lala da editora Hakusensha. Tsuda é uma mangaká que produz principalmente shoujos, na sua grande maioria envolvendo adolescentes no colegial. No Brasil é especialmente famosa por causa de KareKano (Kareshi Kanojo no Jijou), lançado pela Panini.

Logo após o final de Karekano, a autora começou a produzir Eensy Weensy Monster, e nos dias de hoje está trabalhando na obra Chotto Edo Made, já com 3 volumes.

Eensy conta a história de Nanoha, uma garota comum e humilde, mas cujas duas melhores amigas não são tão comuns assim. São elas: Renge Midou, o tipo diva escolar, reservada, elegante, inteligente e especialmente bonita; e Nobara Ryuzaki, forte, atlética, alta, descontraida e belíssima. No meio das duas Nanoha sempre se sente um pouco invisível, mas nunca se rendeu à inveja ou ao ciúme. Na verdade Nanoha se considera a pessoa mais calma do mundo.

Essa história não é só sobre a Nanoha, mas também sobre o príncipe da escola, Hazuki Tokiwa. Um rapaz exibido e “bobo alegre” que passa o seu tempo sendo mimado e bajulado por todas as garotas do colégio.

Acontece que Nanoha sente extrema repulsa pelo “tipinho” de Hazuki. Na verdade quando ela pensa nele um verdadeiro “monstrinho” toma conta de sua pessoa e ela se vê gritando injúrias, reclamando e odiando o rapaz. Logo ela, a garota mais calma e humilde do mundo, tem um monstrinho maldoso dentro de si.

Em um dado momento, acontece dos dois se toparem no corredor. O exibicionismo e egocentrismo do rapaz foi tão grande que Nanoha explode e solta todo seu veneno em cima do príncipe. Ele por sua vez fica atônico, nunca ninguém tinha ousado criticá-lo daquela forma e se pergunta por que ela não gosta dele e tenta consertar as coisas.

E é assim que a história dos dois se desenrola. Pois quanto mais eles se encontram mais traumatizados e desesperados os dois ficam, ela com o seu monstro maldoso e ele com seu monstro egocêntrico.

Embora o primeiro volume realmente foque nos “monstrinhos”, o segundo já é focado na consolidação do relacionamento entre eles, sendo citado escassamente.

É uma história bem simples, com passagens bem engraçadas e que com certeza você vai se identificar. Afinal quem nunca se pegou amaldiçoando ou invejando outra pessoa por motivos mesquinhos?

O traço da Tsuda está muito igual ao de KareKano, limpo e simples, sem muita retícula. Presença de flores para todo lado (a Tsuda adora flores, quem não lembra as capas de KareKano?) e as diversas expressões hilárias e características da autora.

Tsuda só tem uma falha: ela não lida muito bem com mudança de cena. Por exemplo, ela gosta de fazer passagens repetidas, uma com o pensamento da moça e outro do rapaz. O problema é que não existe uma linha clara e exata de onde mudou. Lá está você lendo os pensamentos dela, vira a página são os dele, mas você demora um pouco para ter aquele estalo. Isso acontece em algumas passagens, particularmente senti a necessidade de voltar e reler um trecho ou outro por causa dessa pequena confusão. Provavelmente quem está mais acostumado com esse estilo nao deve nem notar. Não me lembro se isso ocorria em KareKano, faz anos que li aquilo!

Quanto ao trabalho editorial, como sempre tudo traduzido e revisado perfeitamente. Tirando o fato deles não usarem a dupla hifenização (da nova lei ortográfica) apesar de afirmarem que já estão usando-as integralmente (a única que usa é a Conrad). Tirando isso sobra a minha vontade de socar alguém quando vejo eles escrevendo “sempai”, alguém um dia me explique por que eles abrasileiraram a palavra japonesa.

A edição também está exemplar, centralização perfeita e fontes diferenciadas e bem escolhidas! O único problema para variar são as retículas e fundos que parecem massas de fumaça, onde é possível perceber as marcas da ferramenta “clone” ou um tom um pouquinho diferente se destacando. Mas é só uma ou outra, que até foi bem escondida.

Como sempre, possui índice, algumas páginas de notas (comentadas! Alguém se divertiu fazendo isso) e os curtos diários da Tsuda.

O acabamento está a mesma coisa de sempre, aquelas páginas jornais hororrosas! E com a verso da capa colorido! O meu volume 2 tá meio losangular, foi meio mal colado, se você ajeitar 2 ângulos em 90 graus, nos dois últimos forma uma rampinha… Bem que a Panini podia ter um acabamento exemplar e encher nossas vidas de mais alegria! Pelo menos nunca ouvi mais ninguém comentar de mangá descolando…

A capa da Panini ficou bem original, embora lembre muito a japonesa. O desenho e as “flores” em volta dos personagens são os mesmo, mas na versão Brasileira foi acrescentado um fundo de vários tons de azul e branco alternados, além disso são capas espelhadas que quando unidas… Formam um coração. Que coisa mais meiga! xD


São apenas dois volumes, já lançado totalmente pela editora. O preço é o padrão de R$9,90 por unidade, com 200 páginas cada aproximadamente.

É uma boa pedida se estiver procurando uma leitura descontraida e bem humorada.

Título: Eensy Weensy Monster Volumes 1 e 2 (Completo)
Autora: Masami Tsuda
Formato: 11,4 X 17,7cm, aproximadamente 200 página cada.
Preço: R$ 9,90

Essa é mais uma resenha cedida pela Allena (muito obrigado), eu já resenhei esse mesmo mangá aqui, mas resolvi colocar assim mesmo no blog, por ser legal ter uma segunda opinião (e por ter vergonha do meu jeito de resenhar na época, não posso dizer que resenho bem, mas evoluí bastante desde que comecei a escrever para o JBOX). Vocês podem ver a resenha no original aqui.

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